O Orgulhoso Aprodêncio
*O orgulhoso Aprodêncio*
Parecia tudo normal, um dia tranquilo, uma rotina semelhante às outras. Mesmas pessoas, mesmo ambiente, mesmos sorrisos e insorrisos, mesma loucura e e inlucidês de todos os dias.
O malvoroso chão lhe parecia cheio de espinhos como sempre, e talvez seja por isso que ele permanecia nos ares. Há quem diga até que vagueava como uma alma perdida. Daí prevalecia aquela ideia que diz o seguinte: Os africanos, têm feito longas expedições nocturnas em busca dos seus entes queridos. Talvez fosse uma forma de acalmar os espíritos dos *_Gogos_* ( _os famosos Kokwanas_ ).
Pouco sei sobre o africanismo, então pouco posso testemunhar sobre o assunto.
Depois de uma longa viagem, em uma fração de segundos em que o denominador tendia a aumentar proporcionalmente de uma forma directa em relação ao numerador, o mundo dos Kokwanas lhe fugia da mente. Estava o Aprodêncio (nome que tivera recebido pela pouca prudência do que passava pela sua língua), numa situação meio estranha, meio familiar. Estranha nos olhos de quem vive o materialismo na sua essência, e familiar no ponto de vista dos utópicos.
Estava ele diante daquela que muitos chamam de ex-, e ela parecia frustrada com a atitude do Aprodêncio.
Abraçada a aquele que ela considerava Marido, foi bicando e choramingando pela maldita (talvez bendita nos olhos de uma outra pessoa), atitude do Aprodêncio.
Naojo, tentava a todo custo, recuperar os pedaços da panela de barro, e no primeiro instante, parecia que o renitente Aprodêncio não pretendia ceder. Talvez tivesse razão, percebamos o que teria acontecido.
Flash-back:
Era um dia de calor, o Aprodêncio levantou-se bem cedo, ao som das andorinhas que sempre pela manhã enfeitavam a pequena mangueira da sua casa, e acompanhavam o desfile com os lindos sons emitidos por eles.
Seria um grande dia para o seu adorado primo é o pior da sua vida - parecia exagero nos ouvidos de quem estava na arquibancada a ouvir a sua interessante estória.
Tal e qual o combinado, o Aprodêncio levantou-se cedo e foi ao encontro do primo, este que tivera lhe pedido uma companhia para ir fazer a circuncisão.
Como de costume, a Naojo ligou pela matina, desejando um excelente dia ao namorado, e esse por sua vez lembrou a ela do dia 14 de Fevereiro que se avizinhava.
Estavam eles distantes o que fez com que ela não ligasse tanto para esses detalhes. O objetivo era estudar e ajudar o namorado a preparar o futuro.
Mais tarde, o Aprodêncio foi solicitado pelo tio, para ir buscar o crédito no monhé para ele revender. Era um revendedor a grosso.
Pelo caminho, decidiu expreitar na sua conta do Facebook e deparou-se com uma foto na cronologia da sua amada namorada e que aparecia na legenda algo parecido com _"feliz aniversário..., você é uma pessoa muito importante para mim..., você é uma pessoa de luz..."_ , mensagem que tivera visto pela manhã com o primo no status do WhatsApp e dera pouca importância.
Curioso, clicou na foto de modo a ver os comentários e ficou sem palavras quando viu o nome do aniversariante. Era o tal ex-namorado, do bairro dela e que havia mencionado o nome dele numa das conversas.
O mundo do Aprodêncio desabou, ficou com tanta raiva e amargura que até apetecia remover a cabeça do lugar por alguns minutos. Subira-lhe a tensão e ficou sem chão - até rimou - risos.
Relaxou um bocado, e depois de entregar a encomenda no tio, foi tentar reparar um computador (peace job dele), sem sucesso. Retornou para o seu ninho e logo ao chegar a namorada liga.
_Ele- alô!
_Ela- oi amor, como está?
_Ele- não muito bem. Vi o seu post no Facebook!
_Ela- é meu ex-, mor, não precisa ter ciúmes!
_Ele- eu não sabia que ele é importante e especial para si!
... Silêncio...
_Ele- não gostei nem um pouco de ter visto aquilo. E para piorar a minha tensão subiu, e ultimamente as coisas não andam bem entre nós. Você ignora os meus telefonemas, faz algo errado e não pede desculpas, e isso me fere por dentro. Peço um tempo para refletir.
_Ela- eu já disse que nada tenho com ele, e me magoa a sua desconfiança.
... Silêncio...
E quanto ao tempo, saiba que não sou mulher dessas brincadeiras. Se não me quer mais, melhor terminar.
_Ele- parece que você está a tornar isso mais complicado ainda, mas se para si o melhor é terminar, acabou!
_Ela- está a terminar comigo? - falou aos soluços.
_Ele- não me dás muitas opções...
Discutiram e terminaram a relação assim mesmo, e depois de alguns dias, houve uma tentativa de restaurar o que havia se perdido, mas feliz/infelizmente ele recusou-se.
...
Um mês depois, a *solidão* e o *arrependimento* pediram licença na casa do Aprodêncio, mas ele, por sua vez fugiu e tentou reatar a relação com uma outra ex-namorada.
Sem sucesso, a tentativa de Aprodêncio ficou, e ele recebeu forçosamente a visita dos senhores acima mencionados.
Arrependido mas com tanto orgulho, o Aprodêncio preferiu não se dar por vencido, e continuou a resistir a persistente ideia de procurar a Naojo.
Actualidade:
Naquele caloroso abraço, os olhos de Aprodêncio começaram a pingar e por pouco inundavam a cama.
Ela virou-se com atitude, e deu um daqueles beijos de cinema ao Aprodêncio que nos primeiros instantes tentou resistir, mas diante da atitude persistente da Naojo ele acabou cedendo.
E foi no meio daquele caloroso beijo que um maldito/bendito rato, começou a roer alguma coisa em som alto, e ele acordou.
```De: Fernando Luís.```
Parecia tudo normal, um dia tranquilo, uma rotina semelhante às outras. Mesmas pessoas, mesmo ambiente, mesmos sorrisos e insorrisos, mesma loucura e e inlucidês de todos os dias.
O malvoroso chão lhe parecia cheio de espinhos como sempre, e talvez seja por isso que ele permanecia nos ares. Há quem diga até que vagueava como uma alma perdida. Daí prevalecia aquela ideia que diz o seguinte: Os africanos, têm feito longas expedições nocturnas em busca dos seus entes queridos. Talvez fosse uma forma de acalmar os espíritos dos *_Gogos_* ( _os famosos Kokwanas_ ).
Pouco sei sobre o africanismo, então pouco posso testemunhar sobre o assunto.
Depois de uma longa viagem, em uma fração de segundos em que o denominador tendia a aumentar proporcionalmente de uma forma directa em relação ao numerador, o mundo dos Kokwanas lhe fugia da mente. Estava o Aprodêncio (nome que tivera recebido pela pouca prudência do que passava pela sua língua), numa situação meio estranha, meio familiar. Estranha nos olhos de quem vive o materialismo na sua essência, e familiar no ponto de vista dos utópicos.
Estava ele diante daquela que muitos chamam de ex-, e ela parecia frustrada com a atitude do Aprodêncio.
Abraçada a aquele que ela considerava Marido, foi bicando e choramingando pela maldita (talvez bendita nos olhos de uma outra pessoa), atitude do Aprodêncio.
Naojo, tentava a todo custo, recuperar os pedaços da panela de barro, e no primeiro instante, parecia que o renitente Aprodêncio não pretendia ceder. Talvez tivesse razão, percebamos o que teria acontecido.
Flash-back:
Era um dia de calor, o Aprodêncio levantou-se bem cedo, ao som das andorinhas que sempre pela manhã enfeitavam a pequena mangueira da sua casa, e acompanhavam o desfile com os lindos sons emitidos por eles.
Seria um grande dia para o seu adorado primo é o pior da sua vida - parecia exagero nos ouvidos de quem estava na arquibancada a ouvir a sua interessante estória.
Tal e qual o combinado, o Aprodêncio levantou-se cedo e foi ao encontro do primo, este que tivera lhe pedido uma companhia para ir fazer a circuncisão.
Como de costume, a Naojo ligou pela matina, desejando um excelente dia ao namorado, e esse por sua vez lembrou a ela do dia 14 de Fevereiro que se avizinhava.
Estavam eles distantes o que fez com que ela não ligasse tanto para esses detalhes. O objetivo era estudar e ajudar o namorado a preparar o futuro.
Mais tarde, o Aprodêncio foi solicitado pelo tio, para ir buscar o crédito no monhé para ele revender. Era um revendedor a grosso.
Pelo caminho, decidiu expreitar na sua conta do Facebook e deparou-se com uma foto na cronologia da sua amada namorada e que aparecia na legenda algo parecido com _"feliz aniversário..., você é uma pessoa muito importante para mim..., você é uma pessoa de luz..."_ , mensagem que tivera visto pela manhã com o primo no status do WhatsApp e dera pouca importância.
Curioso, clicou na foto de modo a ver os comentários e ficou sem palavras quando viu o nome do aniversariante. Era o tal ex-namorado, do bairro dela e que havia mencionado o nome dele numa das conversas.
O mundo do Aprodêncio desabou, ficou com tanta raiva e amargura que até apetecia remover a cabeça do lugar por alguns minutos. Subira-lhe a tensão e ficou sem chão - até rimou - risos.
Relaxou um bocado, e depois de entregar a encomenda no tio, foi tentar reparar um computador (peace job dele), sem sucesso. Retornou para o seu ninho e logo ao chegar a namorada liga.
_Ele- alô!
_Ela- oi amor, como está?
_Ele- não muito bem. Vi o seu post no Facebook!
_Ela- é meu ex-, mor, não precisa ter ciúmes!
_Ele- eu não sabia que ele é importante e especial para si!
... Silêncio...
_Ele- não gostei nem um pouco de ter visto aquilo. E para piorar a minha tensão subiu, e ultimamente as coisas não andam bem entre nós. Você ignora os meus telefonemas, faz algo errado e não pede desculpas, e isso me fere por dentro. Peço um tempo para refletir.
_Ela- eu já disse que nada tenho com ele, e me magoa a sua desconfiança.
... Silêncio...
E quanto ao tempo, saiba que não sou mulher dessas brincadeiras. Se não me quer mais, melhor terminar.
_Ele- parece que você está a tornar isso mais complicado ainda, mas se para si o melhor é terminar, acabou!
_Ela- está a terminar comigo? - falou aos soluços.
_Ele- não me dás muitas opções...
Discutiram e terminaram a relação assim mesmo, e depois de alguns dias, houve uma tentativa de restaurar o que havia se perdido, mas feliz/infelizmente ele recusou-se.
...
Um mês depois, a *solidão* e o *arrependimento* pediram licença na casa do Aprodêncio, mas ele, por sua vez fugiu e tentou reatar a relação com uma outra ex-namorada.
Sem sucesso, a tentativa de Aprodêncio ficou, e ele recebeu forçosamente a visita dos senhores acima mencionados.
Arrependido mas com tanto orgulho, o Aprodêncio preferiu não se dar por vencido, e continuou a resistir a persistente ideia de procurar a Naojo.
Actualidade:
Naquele caloroso abraço, os olhos de Aprodêncio começaram a pingar e por pouco inundavam a cama.
Ela virou-se com atitude, e deu um daqueles beijos de cinema ao Aprodêncio que nos primeiros instantes tentou resistir, mas diante da atitude persistente da Naojo ele acabou cedendo.
E foi no meio daquele caloroso beijo que um maldito/bendito rato, começou a roer alguma coisa em som alto, e ele acordou.
```De: Fernando Luís.```
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